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O momento é o correcto para se iniciar uma politica diferente para esta Europa, que na ultima década tem sido construída em função de uma politica hegemónica e redutora de pequenos países.
Baseado num sistema politico pragmático e defensor do principio de que a finança se sobrepõem ao social e que deve defender os países ricos, que não estão preocupados com o cidadão nem com o modelo social europeu, único no mundo e solidário com aqueles que estão mais desamparados.
Não se quebra este ciclo por si ou por alteração do sistema que se alimenta a ele mesmo, criando as condições para se manter e colocando os pensadores da continuidade na chefia do próprio sistema.
A questão não é de esquerda ou de direita, não é uma questão ideológica tornou-se uma questão filosófica ou social.
A Grécia país pai da democracia actual e da cultura ocidental pode dar inicio a esta nova revolução, não por Syriza, mas por estar a colocar questões que pareciam estar esquecidas, por estar a colocar a decisão de gerir o seu pais com as suas regras, da independência relativamente as instituições europeias, de exigir o respeito destas instituições, de fugir a armadilha da dependência financeira.
A Espanha pode ser o seguinte a reforçar as novas regras pois conseguiu fugir a armadilha anterior, no entanto insatisfeita, vê surgir o crescimento de um partido popular, com um discurso de contra e pode abanar seriamente esta união europeia, devido a sua dimensão.
A Irlanda e a Itália assistem sem se pronunciarem no entanto podem na hora de forçar aparecem a exigir e a ajudar os outros países.
Portugal irá a eleições, aguarda-se para ver o que vão alterar para já assume a postura do costume a do bom aluno matreiro.
A Inglaterra discute um referendo para sair da CE e a França espera a oportunidade de reaparecer como potencia mundial.
Alguns países vão-se manifestando sem levantarem grande ruído mas com insatisfação, caso da Áustria e Hungria.
O erro Merkel foi subestimar a capacidade social de reacção dos países europeus e pensar que aparecendo como o músculo e o modelo, poderia impor a sua vontade a chefiar uma Europa sem assumir consequências.
Um novo ciclo se inicia? Talvez se houver vontade politica e se a sociedade continuar a eleger para seus representantes os novos fundamentalistas.
Repensar a Europa é absolutamente necessário, senão a guerra não será só na Ucrânia e todo o modelo construído irá ruir como um baralho de cartas e voltaremos a idade média.
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